terça-feira, 15 de julho de 2008

ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE COMPLETA 18 ANOS



O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que atingiu sua "maioridade" neste domingo, ao completar 18 anos, conseguiu nesse período, a partir da exigência de políticas públicas voltadas à juventude, reduzir em 45% a taxa de mortalidade infantil e ampliar para 98% o índice de acesso à educação pública.
O ECA prevê, entre outros pontos, que nenhuma criança ou adolescente será alvo de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, estabelece a criação de conselhos tutelares e varas especializadas em Direito da juventude, além da universalização de creches e escolas públicas.

Para o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, o ECA representa um conjunto de normas "de natureza protetiva e preventiva", adotado em substituição ao "autoritário e centralizador" Código de Menores. Editada na década de 1970, essa legislação, explica Mendes, "resumia-se a segregar menores em situação irregular com base na ideologia de punir por punir seus carentes e abandonados".
"A um só tempo (o ECA) preencheu as lacunas surgidas diante da exigência de um novo contexto social e viabilizou avanços significativos no tocante a políticas públicas voltadas ao desenvolvimento social bem conduzido dos jovens", comenta o presidente do STF.
A entrada em vigor do ECA, em julho de 1990, foi responsável, por exemplo, por tirar do trabalho em olarias de Palhano (CE) o então menino Zeca, hoje o conselheiro tutelar José Valmir Gomes. Abandonado pela mãe com apenas 16 dias de vida, Zeca foi adotado por outra família, mas, após a morte dos pais, teve de trabalhar, ainda criança, para completar a renda da avó. Hoje, no segundo mandato como conselheiro tutelar, Gomes trabalha pela erradicação das violações aos direitos das crianças em Palhano.

Apesar das conquistas do ECA nos últimos 18 anos, o Sistema de Informação para a Criança e o Adolescente (Sipia) registrou, de 1999 a 2008, 600 mil casos de violência doméstica contra menores, sendo mais de 300 mil cometidos pelos próprios pais. A cada 10 horas, aponta o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), uma criança de 0 a 10 anos é assassinada. São 16 por dia.
"A maioridade do ECA significa também maturidade, que a família seja madura, que o poder público aplique a lei, que o poder administrativo priorize em sua pauta políticas que favoreçam as crianças", defende Siro Darlan.
A criação de conselhos tutelares, é uma das determinações do ECA. "Cerca de 90% dos municípios têm conselhos tutelares.

"As varas especializadas e promotorias da infância foram criadas, mas os promotores também são promotores criminais, são também os que fiscalizam presídios. Não é uma vara especializada da criança e do adolescente.
A subsecretária de Direitos da Criança e do Adolescente da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Carmen Oliveira, admite que ainda existem muitos problemas a serem resolvidos para que o ECA seja plenamente cumprido. "Em síntese poderíamos dizer que o ECA está longe de ter atingido a maioridade. Não significa que chegamos a um estágio considerado satisfatório", diz Carmen.
É inquestionável que 18 anos é insuficiente para implementar algumas dificuldades. A população de crianças e adolescentes é muito grande, são 62 milhões delas, o que representa a população total de um país europeu. É a maior população infantil das Américas, e nós no Brasil temos uma história secular de desigualdades", avalia.
Educação e saúde de qualidade.Apesar da universalização da educação nos últimos 18 anos, a qualidade do ensino público oferecido no país ainda é muito questionada pelos idealizadores do Estatuto da Criança e do Adolescente. "Temos alguns nós a desatar, a começar pelo direito à educação. Os avanços são muito tímidos. A melhor coisa foi melhorar o acesso à educação, estamos próximos à universalização do acesso, com 98%, mas o maior desafio se refere à qualidade do ensino. Isso, nesse momento, é crucial", acredita Carmen Oliveira.

"Tivemos os avanços na educação (nesses 18 anos), pelo menos ao acesso ao ensino, mas a qualidade é extremamente baixa", completa o integrante do Conanda, Ariel de Castro Alves.
As metas de redução da mortalidade infantil e o atendimento médico e hospitalar para crianças e adolescentes, também um dos pilares do ECA, têm sido aperfeiçoadas ao longo dos 18 anos, mas o Brasil, com atuais 23 mortes a cada mil nascidos vivos, ainda está a léguas de distância de países como Cuba, com sete mortes a cada mil, ou o Japão, com três óbitos por grupo de mil.

FONTE:www.45graus.com.br

domingo, 6 de julho de 2008

Arraiá da Integração **CRAS BATINGAS**



Casa de Passagem de Arapiraca


A Prefeitura Municipal inaugura a Casa de Passagem de Arapiraca. O local tem capacidade de atender inicialmente 20 menores - crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. A iniciativa implementa no município a Rede de Proteção Social Especial- ação que também poderá beneficiar crianças de outras cidades.
O atendimento da Casa de Passagem será oferecido em sistema de 24 horas, com previsão de moradia, alimentação e uma equipe multidisciplinar para garantia dos direitos fundamentais e previstos no próprio Estatuto da Criança e do Adolescente.
A Casa- um antigo sonho daqueles que trabalham na o promoção das políticas públicas de proteção às Crianças e Adolescentes- não será um abrigo, mas um local provisório, visando a reconstrução dos vínculos familiares através de reaproximação progressiva.

“ O objetivo será sempre o de unir os menores ao seu ambiente familiar, seja de qualquer município do Brasil. Em último caso, aqueles que não tiverem família serão encaminhados para os Abrigos”, comentou a secretária de Assistência Social, Adélia Lúcia.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

II CONFERÊNCIA ESTADUAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA


"Avanços e Desafios da Rede Estadual de Proteção e Defesa da Pessoa Idosa"

A II Conferência Estadual dos Diretos e Defesa da Pessoa Idosa, teve como objetivo avaliar o processo de reestruturação e construção da Rede Estadual de Atenção à pessoa Idosa, quais os avanços e os desafios no processo de implementação das políticas de direitos da pessoa idosa.
Vários Municipios estavam presente entre os quais Arapiraca.
Um coral formado por 25 idosos de Arapiraca abrilhantou a abertura do evento.