O I Seminário Estadual Pró-Convivência Familiar e Comunitária de Alagoas aconteceu no Centro Cultural e de Exposição Ruth Cardoso. Promovido pela Secretaria de Estado da Assistência e Desenvolvimento Social (Seades), o objetivo do seminário é socializar as experiências exitosas no país relacionadas ao investimento na família como a melhor opção para proteger os direitos das crianças e adolescentes.
Segundo o promotor de Justiça do Paraná, Murilo Digiacomo, é preciso desenvolver uma política pública para atuar junto às crianças e famílias. “É necessário estabelecer estratégias para acabar esta separação de trabalho, onde de um lado ficam as entidades e do outro o poder judiciário. Precisamos mudar esta prática do acolhimento institucional, é importante resgatar os vínculos familiares com cautela e responsabilidade, sendo profissionais para encontrar soluções concretas para os problemas”, disse.Durante a segunda-feira foram discutidos temas como o Plano Nacional de Convivência Familiar e Comunitária, a Promoção do Direito à Convivência Familiar e Comunitária, GT Nacional, os parâmetros para atendimento de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade e as modalidades de acolhimento institucional e o Panorama Internacional na Proteção às Crianças e Adolescentes.“A riqueza do nosso encontro está na multiplicidade de atores, como Ministério Público, governo federal, estadual, municipal e a sociedade civil como estão aqui presentes. Esse intercâmbio de informações e a facilitação do diálogo entre as instituições são de extrema importância”, destacou a representante do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Iracema Souto.Para a secretária adjunta de Estado da Assistência e Desenvolvimento Social, Juliana Vergetti, existe uma dívida histórica para com as crianças e adolescentes de todo o Brasil. “Temos a responsabilidade de disseminar a discussão desses direitos e este é o momento de ampliar os conhecimentos. Esse seminário é mais um passo para o fortalecimento da rede de garantias de direitos”, disse ela.Vergetti disse ainda, que o papel desta rede é fortalecer vínculos. “Precisamos da rede fortalecida e unida para que possamos garantir os direitos das crianças e adolescentes. Casos de abuso e exploração sexual ficavam em silêncio pois as pessoas não sabiam a quem denunciar, com o trabalho que vem sendo desenvolvido as pessoas estão mais corajosas para fazer as denúncias”, concluiu. O seminário aconteceu em parceria com o Grupo de Trabalho Nacional Pró-Convivência Familiar e Comunitária. E conta com o apoio da Associação Brasileira Terra dos Homens (ABTH), Instituto C&A, Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH) e Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Este é o 20º encontro promovido pelo GT Nacional.